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Quarta-feira, 28.08.13

COMBATE - 1º ROUND

 

Decorreu na noite de ontem, na Radio L, o primeiro debate sobre as autárquicas 2013.

A esgrimir ideias os candidatos do CDS e PSD.

Começo por dizer que o horário escolhido para a transmissão do debate não foi o melhor. É apenas uma opinião, mas creio que o horário com início às 20,30/21 horas seria o mais indicado.

Horários á parte, vamos ao debate, aos concorrentes, aos temas debatidos e á minha análise aos mesmos.

Turismo: Ambos os candidatos indicaram o rio, a serra e os balneários termais como pontos fulcrais para o desenvolvimento turístico do Concelho. Sem dúvidas serão os três grandes factores a aproveitar para relançar e dinamizar o turismo castrense.

A grande divergência, entre os candidatos, e referente a este tema, prendeu-se com o facto do candidato do PSD defender a construção de uns balneários novos e de excelência, e o candidato do CDS defender a requalificação do actual.

Entretanto, e após o intervalo, quiçá iluminado por algum ser do além, o candidato laranja acabou por defender a requalificação parcial do actual, acabando por entre trocas e baldrocas não esclarecer a proveniência do dinheiro para tal megalómana construção.

Na minha opinião, construções megalómanas e projectos utópicos já nós, Castrenses, temos em demasia, sendo o exemplo mais gritante as actuais obras da avenida Maria Alcina.

Cultura: Neste tema, o candidato laranja tentou sobrepor-se ao moderador e incluir no tema a acção social, por considerar o tema como perfeitamente por ele dominado, chegando a dizer que não conhecia ninguém com capacidades para o fazer como ele próprio. “Presunção e água benta cada um toma a que quer”. Eu, apesar de saber nadar com uma mestria admirável não tenho o direito de me comparar a nenhum peixe.

Ironia á parte, de palpável apenas a criação de uma orquestra municipal proposta pelo candidato centrista. Tudo o resto, ranchos, ranchinhos e afins só servem para alimentar o ego de algumas colectividades e o de quem as gere.

Concordo com o candidato do PSD, quando fala na criação de um arquivo Municipal, englobando e compilando as tradições e saberes do nosso povo. Aliás, uma das grandes lacunas de executivos anteriores e do actual, foi viver, apenas, o presente, nunca se preocupando em preservar o passado nem acautelar o futuro.

Talvez, pelo tempo de antena ser curto, não foram, e eu gostaria que tivessem sido, abordados temas relacionados com conservação de monumentos históricos, tradições e usos e costumes do nosso povo.

Desporto: Mais uma vez algumas divergências entre os candidatos. Confesso que não entendi rigorosamente nada da definição dada á palavra desporto pelo candidato do PSD.

Na minha opinião desporto é tudo aquilo que nos proporciona prazer em o praticar e nos dá bem-estar ao corpo. Seja ele feito por competição ou por lazer.

Acho que o futuro presidente da câmara deve apoiar mais as colectividades que patrocinam e fomentam o desporto jovem e aquelas que projectam o Concelho e o nome de Castro Daire aquém e além fronteiras e não tanto aquelas que apenas existem porque lhes foram dada uma sede ou que pagam avultadas quantias aos seus atletas.

Terminada a primeira parte do debate, e após um longo e desnecessário intervalo, entraram novamente os candidatos em acção, desta vez para responderem a perguntas, previamente gravadas e colocadas pelos ouvintes, que tiveram a sorte de aceder aos telefones de serviço.

A primeira pergunta foi referente às pessoas portadoras de deficiência e idosos e quais as ideias que os candidatos tinham para com eles.

Por parte do candidato do CDS foi reafirmado aquilo que já consta do seu manifesto eleitoral. Quanto ao seu opositor manifestou-se “orgulhosamente” por possuir nas suas lista uma jovem deficiente. Puro aproveitamento político, pois ao puxar para o debate tal afirmação está, na minha opinião, a discriminar as pessoas portadoras de deficiência e ao mesmo tempo a fazer das mesmas uma bandeira politica com fins apenas eleitoralistas.

Ao público votante não interessa saber isso. Interessa sim saber se os nossos euros vão ou não continuar a ser esbanjados com excursões para idosos, alguns a receber chorudas reformas, se vamos continuar a ter o Município a comparticipar de igual modo quem ganha “cinco ou a quem ganha cinquenta”, porque até à data o Gabinete de Acção Social da Câmara, simplesmente não funciona.

O candidato do CDS não foi muito esclarecedor nesse sentido, tendo o candidato do PSD afirmando que tais situações, com ele a gerir os destinos da autarquia, não irão acontecer, pois só os necessitados serão ajudados. A ver vamos, se, e no caso de vir a ser eleito, não muda o seu conceito sobre a palavra necessitado.

A segunda pergunta, relacionada com os balneários termais e seu funcionamento, foi, pareceu-me, nitidamente encomendada.

A Senhora que a fez, ou que a leu, questionou o candidato do CDS sobre uma eventual frase por ele proferida e referente às fracas qualificações profissionais das funcionárias.

A ouvinte, considerou essa afirmação de extrema gravidade, pois punha em causa a credibilidade, dignidade e profissionalismo das funcionárias de tal instituição.

Na minha opinião, o candidato do CDS, que se ficou a saber não tem por hábito o uso de tratamentos termais, ao contrário do seu opositor, deveria, ainda, ter sido mais incisivo e até corrosivo ao falar do tema, pois toda a gente sabe como a grande maioria das pessoas entraram e entram para as Termas, não por competência profissional, mas sim pela pratica constante de militância partidária, toda a gente sabe como a encarregada das termas foi substituída quando a câmara PSD mudou de Presidente, toda a gente sabe como com a entrada do PS na autarquia mudou o director das Termas, toda a gente sabe como têm corrido os últimos concursos para admissão de pessoal nas Termas, etc, etc.

Quer-me parecer que a Senhora ao tentar enviar uma encomenda armadilhada ao candidato do CDS, a única coisa que conseguiu foi que este, com mestria, a devolvesse á procedência e a mesma rebentasse nas mãos do remetente.

Aliás, ainda sobre este tema, convém salientar que foram os elementos do PS que andaram durante a campanha de 2009 nas Termas do Carvalhal a oferecer empregos nos balneários para os residentes daquela localidade.

O terceiro participante, nas perguntas, nada de novo acrescentou pois o conteúdo da pergunta não tinha qualquer substrato, antes parecendo vir de alguém “ressabiado” e com vontade de atingir algum protagonismo político o qual perdeu ao sair copiosamente derrotado nas eleições últimas.

Para terminar gostaria de deixar os leitores com aquilo que eu considerei o mais e menos do debate.

Mais, a postura “terra á terra” do candidato do CDS, apresentando-se ao eleitorado e perante os ouvintes como se de uma conversa normal se tratasse, sem necessidade de utilizar linguagem fútil ou elaborada após leitura de um qualquer dicionário.

Mais, também a capacidade de, no espaço de quinze minutos, o candidato do PSD, ter “descido á terra” e concluir ser mais vantajoso a requalificação, ainda que parcial, do balneário termal, e não a construção de um equipamento novo, como defendeu no inicio do debate.

Mais, ainda, a postura do moderador, sabendo ouvir, mas intervindo sempre que necessário e de forma assertiva.

Menos a forma pouco incisiva, branda em demasia, até, ou se quiserem a forma politicamente correcta, como o candidato do CDS tratou o assunto das funcionárias do balneário termal.

Menos, a falta de programa eleitoral por parte do PSD. É caso para perguntar o que andaram a fazer durante os quase seis meses que levam de campanha eleitoral. Sem programa eleitoral como esperam elucidar os cidadãos e dar a conhecer as suas ideias? Será que estão a pensar fazer "copy paste" de algum programa partidário já devidamente divulgado? Convenhamos que ao anunciarem a sua apresentação para o próximo dia 15 e isto a acontecer depois de mais uma informação "divina", não confere ao mesmo grande credibilidade.

Menos, também, a gafe do candidato do PSD ao falar no uso da máquina de escrever por parte do funcionário que futuramente irá ocupar o lugar no GAP. Eu sei, e louvo-lhe a acção, que o candidato laranja é fã incondicional de máquinas antigas e raridades. Não acho é grande piada que o mesmo em pleno século XXI ainda não tenha conhecimento de uma máquina chamada computador e a qual já existe desde o século passado.

Eu, por aqui me fico e por cá continuarei com a rádio sintonizada em 89.0, esperando ansiosamente pelo próximo dia 9, onde os candidatos do CDS e PS irão esgrimir forças, esperando que o “combate” não termine como o de ontem, ou seja por “knock-out técnico”, que significa, em linguagem de luta, um candidato abandonar o combate por falta de condições para continuar. Refiro-me concretamente á questão de quem deixou de falar a quem, em que mais uma vez a armadilha estourou nas mãos de quem a armadilhou, e que o mesmo seja jogado de forma civilizada, com seriedade e que, acima de tudo, seja elucidativo para quem escuta.


Zé da Esquina

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por Zé da Esquina às 00:29


3 comentários

De Farinha do Mesmo Saco a 01.09.2013 às 21:59

Que grande açorda que vai no psd!!! Sim senhor...então agora a disputa dos poleiros é entre o 4 elemento da lista e o 5??? A candidata que vai em terceiro querem recambiá-la para o GAP à sua revelia?? Isto não é enganar o povo como o carneiro fez há quatro anos?? Estes, que tanto o criticaram e criticam aquando desse trocadilho de elementos nas lista e preparam-se para fazer o mesmo...lamentável... todos iguais!!!

De comentador a 01.09.2013 às 23:52

Falem verdade não inventem...
Quanto mais mentem sobre o PSD mais força lhes dão.
Dia 29 o PSD vai ganhar e depois vamos ver quem engana quem...
Politica de baixo nível esta do CDS e do PS.
Falem menos e trabalhem mais.

De Asneira da Grossa a 02.09.2013 às 15:05

Alguem claramente pró-PSD afirmar que CDS e PS fazem politica de baixo nível é obra.
Quem desconsiderou os candidatos do adversário foi o lider que, no debate disse que estes não eram válidos?
Quem antes do ultimo debate andou a espalhar mentiras nas termas?
Quem se apresenta sem propostas e acha que lhe devem dar eleição?
Quem recebe a mesma obra em dobro, não a acaba e depois espalha que ainda não recebeu.
Quem é que promete que quando for eleito a Camara já tem fornecedor de limpeza de caminhos, de fotos e de flores?

E a politica de baixo nivel fazem-na os outros?

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