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Quarta-feira, 02.04.14

ANARQUIA

Ninguém se entende no Município de Castro Daire.

Aqui por cima, ou seja na secretaria, as tesoureiras andam aborrecidas e até já chegaram a estar de baixa médica. Por aquilo que se houve falar, tal situação ocorreu devido ao aumento de volume de trabalho proveniente dos recebimentos das contas da água, saneamento e resíduos sólidos.

Os leitores cobradores andam descontentes, pois deixaram de ser cobradores, ficando apenas leitores, e à conta disso um desconto no ordenado mensal de 100 €. Consideram-se prejudicados com aumento de serviço, pois o que era feito por quatro passou a ser feito por três e, segundo dizem, o Município, com o novo sistema de cobrança perde 8.000 € por mês.

Em contrapartida, nas secções de contabilidade e gabinete de acção social, os funcionários não param de aumentar. Critérios que ninguém entende.

No centro municipal de cultura o descontentamento é geral. Os estagiários são “aos molhos”. A responsável pelo serviço perdeu margem de manobra perante os subordinados, chegando – se ao desplante de lhe tirarem, sem qualquer explicação lógica, o telemóvel de serviço que lhe estava distribuído.

Os balneários termais, previstos para abrir em Janeiro, continuam encerrados e as funcionárias, já seleccionadas em concurso, continuam em casa. Segundo se consta não abrem em virtude de análises negativas às suas águas. A ser verdade, será que mais uma vez, à semelhança de anos anteriores, o responsável vai passar impune? Ou a culpa, será novamente, imputada á canalização?

Os concursos para admissão de pessoal são abertos, e publicados em diário da república, à segunda-feira e anulados à terça-feira. Nos meandros políticos já se compara a Câmara de Castro Daire a uma fechadura, pois tanto abre como fecha (concursos).

Perante tudo isto o presidente assobia para o lado e diz nada ser com ele, mas sim com os técnicos.

Mas, se na secretaria as coisas andam más, segundo se consta no estaleiro andam bem piores.

Contam os trabalhadores que ninguém se entende. Qualquer dia são mais os chefias que os chefiados.

Mais uma vez o presidente vira a cara e diz nada ser da sua responsabilidade.

Segundo confidência de alguns, existem filhos e enteados. Uns têm obrigatoriamente que marcar a digitalização do ponto quatro vezes ao dia. Outros fazem-no apenas duas e outros, ainda, não o fazem. Será que têm a cobertura de alguém?

Verdade seja dita, daqui das minhas esquinas vejo alguns deles passarem antes do horário de saída a caminho do restaurante ou de casa.

Outra controvérsia prende-se com o facto de alguns terem como benesse levar a viatura camarária para casa, ao almoço e ao final da tarde e outros terem que se deslocar por conta própria. Princípios de igualdade própria de quem não quer assumir responsabilidade.

Também se fala em roubos de combustível e recebimentos de horas extraordinárias que na realidade não são feitas, assim como em luta de “galos” entre as chefias, pouco faltando para chegarem a vias de facto.

Para aumentar o clima de desconfiança e suspeição saiu em diário da república o concurso para três assistentes operacionais. Uma vaga afecta ao serviço de manutenção e tratamento de águas e duas vagas para manobrador/condutor de máquinas. A juntar a isto o facto de o júri ser composto por um subalterno dando assim a sensação de ser uma despromoção do encarregado geral e por consequência uma subida de alguém que é citado como o principal foco de instabilidade.

Em relação às vagas agora abertas apenas uma pergunta: Qual a necessidade de abrir duas vagas para condutor/manobrador de máquinas quando se sabe que o Município possui seis máquinas e tens nos seus quadros de pessoal oito condutores/manobradores? Mais favorecimentos? Ou estes concursos também sofrerão o efeito fechadura?

O Município castrense realizou no passado dia 31 de Março um workshop intitulado “boas maneiras”. Mais uma vez, o executivo primou pela falta de ideias e esqueceu-se de mandar alguns dos seus funcionários assistir.

Como tudo seria diferente se os eleitos não necessitassem dos eleitores para ocupar os cargos que ocupam. Ou talvez não!  Pois alguns erros são cometidos por conveniência mas outros sê-lo-ão por incompetência.

Eu, por cá continuarei, na minha esquina predilecta, com a forte convicção que de onde sai fumo há fogo, embora quem de direito não os queira apagar. Será para não se chamuscar, ou por não ter relação privilegiada com os bombeiros locais, apesar das fortunas que por lá, ultimamente, se têm gasto na realização de obras?

 

Zé da Esquina

 

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por Zé da Esquina às 09:43


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