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4 ESQUINAS

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Terça-feira, 09.08.11

"PASSEIO TURISTICO"

Acabado de regressar de férias mais cedo que o previsto, porque o dinheiro não chega para metade, muito por culpa do governo o qual insistentemente continua a discriminar os beneficiáriosdo RSI, não lhes atribuindo subsídio de férias nem 13º mês. Desta maneira como é que alguma vez poderei ir para o “Allgarve”? Nunca! A não ser que tenha a sorte de vir a ser eleito deputado da Nação.
Regressado de férias, dizia eu, e com as algibeiras vazias, resolvi dar uma volta por Castro Daire, a terra que um dia apelidaram de “Princesa da Serra”, mas que nos dias que correm de realeza tem cada vez menos, também não é para admirar pois cada vez existem menos monarquias por esse mundo fora, embora ainda existam muitos reis, sem trono,com a mania que ainda reinam!
Bem, seguimos em frente, mas devagar,pois com o estaleiro em que se transformou Castro Daire existe sempre,principalmente para os mais distraídos, a possibilidade de se cair num qualquer buraco dos muitos existentes nesta localidade. Tempos do progresso. Só é de lamentar que o mesmo não chegue equitativamente a todos os lugares do Concelho.
Devagar, também tenho tempo, lá fui andando e tropeçando no trajecto entre o jardim e as finanças, por sorte não caí nem fui atropelado por qualquer máquina. Ou melhor dizendo, caí no final da viagem, depois de tanto me rir com as “magnificas” obras que por lá se andam a fazer. Granito, mais granito! Gostei da faixa de rodagem! Só é pena não ser em alcatrão, pois se o fosse dada a sua largura, daria sempre para reeditar uma antiga tradição de Castro Daire, as famosas corridas em carrinhos de rolamentos, embora, a serem feitas, teriam que o ser com bastante cuidado, pois dada a “largura descomunal” da via dificilmente quem partisse em primeiro lugar seria ultrapassado, a não ser que o fizessem pelo ar, pois paralelamente não cabem dois carros de rolamentos. Poderão sempre dizer: lá está o Zé da Esquina com as criticas sem fundamento, pois os carros cabem bem naquela artéria, e se porventura tiverem alguma dificuldade podem sempre subir e circular em cima dos passeios.
Limpando toda a poeira com que fiquei, depois do tombo, e ainda com feridas marcadas no meu coração, mas não impedidoras de continuar a jornada, desloquei-me para a zona do Calvário. Gostei! Lago limpo e repuxos a funcionar, embora me queira parecer que tal situação só aconteça uma vez por ano e por alturas de Agosto, será por ser o mês da novena e procissão? Não! Será apenas coincidência. Ainda por aquela zona verifiquei com agrado a limpeza que anda a ser efectuada na antiga Quinta do Doutor Zeca, só é pena o executivo camarário não projectar algo bonito e útil para aquele espaço.
Contornando a capela, depois de efectuar nove voltas á mesma em penitência pelos pecados cometidos, dirigi-me novamente para a Avenida João Rodrigues Cabrilho e de novo a minha boca abriu-se de espanto! Andava um funcionário da Câmara a limpar na zona envolvente da Escola Mariana Seixas. Será aquela zona pública? Se o for, também o meu quintal, de monte há cinco anos por falta de vontade do proprietário, o será. Nesse caso tenho que me dirigir á Câmara para marcar o dia para efectuarem a respectiva limpeza.
Continuando passei pela famosa rotunda,onde, dada a sua "belezura", só falta a estátua do célebre engenheiro que a idealizou,e segui em direcção á Rua Capitão Salgueiro Maia, onde, para tristeza minha, e não só, constactei que as Piscinas Municipais se encontravam encerradas. Causa?Talvez as “poucas” pessoas que se encontram, durante o mês de Agosto, em Castro Daire não necessitem de tal infra-estrutura ou então quererá o Municipio Castrense enviá-las para o rio Paiva, para que possam constatar “in loco” que tudo aquilo que de mal se fala sobre a qualidade da sua água não corresponde á realidade.
Já um pouco suado da jornada mas ainda com fôlego e energia suficientes para continuar a caminhada, passei pela antiga feira das Vacas, agora transformada em acampamento para nómadas, que a continuarem assim brevemente o deixarão de  ser, e segui em direcção á Avenida General Humberto Delgado onde demoradamente apreciei as obras que se estão a realizar no futuro recinto da Feira. Sem duvida, que as mesmas estão a decorrera um ritmo normal, e quer-me parecer que adequadamente ajustáveis para o fim a que se propõem.

Praticamente sem fôlego continuei,arrastadamente, a minha caminhada em direcção á Rua José Clemente da Costa, não sem antes contemplar aquela espécie, ou imitação de busto que no fundo da Avenida da Misericórdia lá colocaram para homenagear o Homem pioneiro dos transportes públicos em Castro Daire. Pela grandeza do Homem que foi e pelo legado que deixou a todos os vindouros, sem dúvida que mereceria melhor homenagem,mas infelizmente as homenagens aos grandes Homens, nem sempre são feitas ou ajustadas aquilo que os mesmos fizeram aquando da sua passagem por este mundo.E já agora alguém me sabe explicar o porquê da escolha daquele local?

Seguindo então pela Rua do referido Senhor deparei, uma logo na sua entrada do lado esquerdo e outra quase no términos da mesma e, curiosamente, também do mesmo lado, com duas “ervas daninhas”, concretamente uma exposição de botijas de gás e uma esplanada, em que ambas ocupam lugares destinados a estacionamento.
Contornando a rotunda D. João Crisóstemo,desci pela Avenida 25 de Abril e deixando esta calcorreei a Rua da Seara tendo vindo parar na Avenida dos Bombeiros Voluntários, onde me apercebi da rebulício que vai naquele Jardim com a instalação “Mostra Castro Daire” e ainda com uma situação que à partida me deixou completamente estupefacto. O portão principal dos Bombeiros Voluntários encontrava-se encerrado. Pensei: Será que já foram mesmo á falência? Ou o Presidente da Direcção cumpriu as ameaças e fechou mesmos as portas? Ainda mal refeito do impacto inicial, procurei resposta junto de um dos transeunte e então pode voltar á minha normal condição ao saber que a porta apenas está encerrada para evitar que a mesma se transforme em montra de pessoas fardadas e que também teria algo a ver com uma situação ocorrida com a passagem da Banda de Musica da Instituição. Não sei ao certo o que se passou,mas o meu companheiro de ocasião, de férias em Castro Daire, também não conseguiu fornecer mais pormenores.

Ainda pensei seguir pela Rua Comendador Oliveira Batista em direcção á Igreja Matriz e Bairro do Castelo,mas chegado á zona do Coreto logo tirei daí o pensamento, pois ao ver todas aquelas lajes soltas na entrada da referida rua, fiquei receoso que algo de pior me estivesse reservado naquela que deveria ser a zona mais protegida de Castro Daire e que infelizmente muito tem sido esquecida pelos nossos governantes.

Muito mais situações haveria para falar, principalmente tendo em conta as mensagens que fui recebendo durante a minha ausência, mas falarei disso numa próxima postagem. Refiro apenas que algumas dessas mensagens eram de agrado pelos arranjos e limpezas de acessos a algumas aldeias do Concelho, embora também existissem alerta para algumas estradas quase intransitáveis devido aos matos acumulados nas bermas, outras de desagrado pela falta de água em algumas aldeias, pelo vistos um problema que passa de verão para verão, sem que quem de direito o resolva e ainda pelo cada vez mais nauseabundo cheiro que exala aquela “coisa” a que alguns chamam ETAR lá para os lados da Ponte Pedrinha.
Eu cá continuo, inamovível, na minha esquina predilecta, mas sempre, contrariando a lei da gravidade, me conseguindo mover em todas as direcções, se não fisicamente, pelo menos com os olhares.
Boas férias, para quem tiver dinheiro e as possa gozar, que eu vou ver se me arranjam mais algum subsídio para conseguir sobreviver.

 

Zé da Esquina

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por Zé da Esquina às 13:58


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