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BLOG ONDE SE PODE E DEVE FALAR DE TUDO (SOBRETUDO O INTERESSANTE)
Quando no dia 8 de Julho de 2010 publiquei uma postagem com o titulo:
“S.O.S - Bombeiros em estado crítico e com prognóstico reservado”
Considerei, na altura, que não mais necessitaria de escrever sobre tão nobre e centenária instituição.
Julguei, que as pessoas que a ela presidem tivessem o bom senso de se demitirem, prestando desse modo um bom serviço á comunidade e admitissem o óbvio - não têm condições para gerir os destinos de tão prestigiada instituição.
Engano o meu! Insistentemente, não entendo a troco de quê, continuam a tentar adiar aquilo que mais tarde ou mais cedo acontecerá, ou seja, entregar os destinos da instituição a pessoas que queiram servir os Bombeiros e empenhadas em restituir-lhes o crédito, a competência e acima de tudo, pessoas capazes de acabar com as “guerrinhas” absurdas e com a megalomania imperante por aquelas bandas.
Tal não aconteceu! Agora, infelizmente para todos os habitantes do Concelho de Castro Daire, e não só, resta a saudade dos tempos em que nos orgulhávamos dos nossos bombeiros geridos por pessoas competentes que serviam os bombeiros sem se preocuparem com o palco da fama ou do querer fazer a festa melhor que os outros, mesmo não tendo dinheiro para mandar “cantar um cego”.
Perante isto, só me resta a saudade e o desgosto enquanto Castrense, e amante do Voluntariado, do orgulho que milhares de pessoas sentiam nos Bombeiros Voluntários de Castro Daire.
Eu tenho a consciência que o voluntariado não pode, nem deve, ser aquele que se praticava há vinte ou trinta anos atrás. Não consigo é entender o porquê daquela Associação não ser gerida da mesma forma que o foi pelo saudoso Doutor Gastão Ribeiro da Fonseca e por outros notáveis Presidentes que o antecederam.
Se a culpa é do Presidente da Direcção, da totalidade da Direcção, do actual ou antigo Presidente da Câmara ou do corpo de Comando, isso, para todos os Castrense não interessará. Interessa sim, saber, que a culpa não é, nem nunca o será, daqueles que ainda abnegadamente cumprem o seu papel de voluntário e muito menos daqueles, que provavelmente, ao serem despedidos, ficarão sem o seu ganha-pão.
Sabendo-se que o passado foi brilhante e o presente é sombrio, esperamos para ver como será a partir de hoje, após as reuniões com o Presidente da Câmara Municipal e posteriormente com os elementos do corpo activo, o futuro da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Castro Daire.
“Paz á sua alma”. Esta frase, seca, fria e mórbida, espero nunca a vir a escrever. Mas talvez, mais tarde ou mais cedo, tenha que comunicar que infelizmente foi desligada a máquina que os mantinha vivos e que o “médico” declara o seu óbito.
Zé da Esquina
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