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BLOG ONDE SE PODE E DEVE FALAR DE TUDO (SOBRETUDO O INTERESSANTE)
Realizaram-se ontem, com toda a pompa e circunstância, as comemorações do dia do autarca.
A organização esteve a cargo da autarquia Castrense e diga-se digna de ser louvada, pois recordar aqueles que nos antecederam e que ao defenderem a causa pública contribuíram para, de alguma forma, engrandecer o Concelho de Castro Daire, a politica local e nacional, é sempre uma nobre iniciativa.
Concorde-se ou não com os nomes a quem foram prestadas homenagens, é sempre bom reconhecer mérito àqueles, que de forma desinteressada defenderam o bom nome do Concelho, independentemente das suas cores ou ideologias políticas.
Se me é permitido, sem querer individualizar nenhuma das figuras homenageadas, sou da opinião que a homenagem prestada ao ex-presidente da Câmara e já falecido Senhor João Matias deveria ter ido muito mais além que uma romagem á sua última morada (cemitério de Lamelas) e a celebração de uma missa.
O seu nome enquanto autarca e Castrense merecia ser perpetuado numa rua, numa avenida, numa praça ou mesmo num edifício público.
Porque não “baptizar” com o seu nome o Centro Municipal de Cultura? Esta, foi talvez, a obra mais emblemática construída durante a sua permanência na cadeira da presidência do município castrense. Fica a sugestão para os actuais ou futuros autarcas.
É verdade que haverá sempre cidadãos a questionar as obras que alguns dos homenageados fizeram, ou não, em prol do Concelho.
Eu prefiro questionar o porquê de alguns ex. autarcas não terem tido direito a homenagem.
Refiro-me aqueles que nas primeiras eleições livres após o 25 de Abril de 1974 tomaram nos ombros o destino da autarquia Castrense e souberam com a sua inteligência e perspicácia desenvolve-la e engrandecê-la com estradas, caminhos, redes de água e saneamentos, etc., etc. Refiro-me concretamente aos Senhores Dr. César Santos e Inocêncio Cruz.
Termino este post com a mesma frase com que o iniciei.
Um povo sem memória é um povo sem história.
Zé da Esquina
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